domingo, 29 de junho de 2014

DOR

Ler as postagens dos professores festejando que chegaram as suas férias está doendo muito em mim. Eu nunca mais terei férias, estou permanentemente em férias. À noite eu choro de saudades de mim mesma. Tenho só 50 anos, ainda poderia produzir muito. Queria não chorar mais, não sofrer mais, não fazer sofrer quem está perto de mim e quem gosta de mim. Queria ser normal. Não queria nunca mais tomar remédio, nem ir ao psiquiatra, nem fazer besteiras; não queria ter ímpetos de revolta. Não queria ter vontade de quebrar coisas e de sair correndo e gritando pela rua. Queria ter minha antiga vida de volta. Meu Deus como dói.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

DOENÇA X CASAMENTO

No começo deste ano de 2014, deparei-me com o inevitável fim do meu casamento. Foram quatro anos de desgaste emocional e rupturas quase que diárias de paciência, companheirismo, e tudo que é necessário para a boa convivência de um casal. Fazendo uma breve pesquisa constatei que como tudo que já me aconteceu até agora, isso também seria provável.
Aluguei um apartamento e passei a viver sozinha, porém com muitas necessidades de ajuda e acompanhamentos para tratamento.
Em abril tive nova crise, desta vez motivada pela solidão. Passei uma semana trancada, sem me alimentar, tomando os remédios fora de horário ou simplesmente não tomando. Com o sono totalmente irregular, alimentando pensamentos negativos e planejando a minha morte, para que desta vez desse certo depois de três tentativas frustradas.
Não tenho a lembrança muito nítida destes dias, mas me lembro perfeitamente da “hora H”, eu totalmente drogada pela quantidade de remédios que tomei e uma voz me dizendo: pula, pula, pula!
Eu não queria pular da janela; minha intenção era deitar no sofá, com um saco plástico enfiado na cabeça, para morrer dormindo por asfixia. Mas com a voz me atentando sem parar, fui me dirigindo à porta da sacada. Neste momento me lembro de sentir uma dor lancinante no rosto e total escuridão.
Acordei no Pronto Socorro. Eu havia caído e quebrado o nariz, aspirado sangue e vômito o que resultou em pneumonia. Depois de 11 dias neste hospital fui transferida para a mesma Clínica Psiquiátrica de sempre, onde permaneci internada por 18 dias. Muito sofrimento físico e emocional até ter condições de voltar para casa novamente.

Troquei de psiquiatra e medicamentos. Estou obedecendo a agenda que me propus com atividades prazerosas e necessárias. Voltei meu pensamento à fé há tanto esquecida e hoje me encontro bem.

sábado, 12 de abril de 2014

Depressão é um luto por si mesmo em vida.

Por Marla de Queiroz ( www.facebook.com/Marla.de.Queiroz)

Depressão não é tristeza, melancolia, desânimo, mal-estar. É tudo isso junto e uma profunda dor causada pela falta de perspectiva de que algo de bom vai acontecer e melhorar nossas vidas. Depressão é mais comum do que se imagina e tem tratamento. Não adianta dizer a um deprimido para reagir, sair da cama, sair das drogas, fazer algo para se sentir feliz. Estas pessoas precisam de ajuda profissional e, se possível, espiritual para controlar este processo de faltas: de hormônios que provocam prazer e tornam a vida produtiva e sociável, de uma sensação de amparo e proteção espiritual.
Eu tenho depressão desde criança. Ela é controlada porque busquei ajuda em todos os campos disponíveis e hoje convivo com ela de maneira amistosa: tenho uma vida produtiva, feliz, incomum, mas normal. Eu tenho ajuda espiritual, profissional e tenho a arte. Eu tenho amigos que me percebem porque me amam. Eu perdi amigos para a depressão. Eu perdi uma irmã também. Tenho perdido leitores. O índice de suicídio me assusta, mas me é altamente compreensível, pois, às vezes, nem a família sabe identificar ou lidar com esta doença. A gente não fica deprimido porque terminou um namoro: a gente fica triste. A gente não fica deprimido porque perdeu um emprego: a gente fica preocupado ou desorientado. A gente fica deprimido por uma profunda sensação de inadequação ao mundo, uma sensação de que não participamos ou pertencemos a nada. Certos fatores são apenas desencadeadores de uma dor muito mais grave: a existencial.
Vejo pessoas que estão tristes dizerem-se deprimidas e vice-versa. É preciso identificar e dar o nome certo a cada coisa. O fato de confundirmos estes sentimentos causa certa banalização da depressão. Vejo pessoas precisarem de ajuda urgente e darem cabo à própria vida porque ninguém as olhou atentamente a tempo de lhes oferecer uma ajuda adequada. Depressão é um luto por si mesmo em vida.
Enfim, este texto é apenas um pedido para que estejam atentos aos amigos, familiares, ao Outro com mais amorosidade e interesse profundo. Às vezes, identificada a doença, um deprimido não vai segurar na sua mão e caminhar até um profissional com você, talvez seja preciso que por um momento você o carregue no colo até que ele possa caminhar sozinho novamente. A questão é: quanto lhe custa a vida de alguém que você tem apreço?

terça-feira, 1 de abril de 2014

RETROSPECTIVA 2013 – O ano em que eu não morri duas vezes.


JANEIRO- Férias com a família, em casa, conversando, ouvindo música, simplesmente feliz, sem nenhum sintoma. Parei de tomar a medicação, pois vivia feliz, me sentia curada definitivamente: BURRICE!! De uma hora para outra CRISE, quebrei objetos, chamaram ambulância, gritei, chamaram polícia, não veio, acho que desmaiaria de vergonha, fui levada ao hospital, fugi de lá, andei quilômetros pela noite afora de camiseta, shorts e chinelo, sem documentos, sem dinheiro, sem telefone, sem ter para onde ir. Encontraram-me, me levaram para casa, fiz uma mala e fui para a Ilha do Mel, onde passei três dias sozinha, só falando com meu psicólogo por mensagens de celular. Voltei e fui dormir na sala.
ABRIL – Recebi uma carta do governo dizendo que estava abaixando mais ainda o meu salário.  No dia 09/04/2013, escrevi disparates pela rede social para todos que me ofenderam, quebrei meu violão, raspei os meus cabelos e tentei suicídio cortando os pulsos sem sucesso. Fiquei internada três dias em pronto socorro e 18 em Hospital Psiquiátrico.
Até novembro levei aquela vida inútil dos outros anos, totalmente anti-social, totalmente indiferente a qualquer coisa, robotizada pelos remédios, apavorada com o telefone ou a campainha, apenas contando com o meu computador como amigo em 90% do tempo em que ficava acordada. Apática em relação à limpeza da casa e à higiene pessoal. Uns dias melhores, outros piores. O meu único prazer era o trabalho com a página do facebook; difundir esta porcaria toda que até agora nem eu acredito que existe, para os meus colegas. Dei entrevista para um jornal escrito e logo veio o convite para a televisão. Qual minha surpresa quando me pediram encarecidamente para eu não dar a entrevista para não expor mais ainda a família. Ou seja, eu carregava a bandeira e a doença sozinha. Eu estava ATRAPALHANDO o bom andamento da casa, com meu comportamento diferente do resto do mundo. Só descobri que não tinha o apoio incondicional e a compreensão acadêmico-científica após quase quatro anos da doença e estudos repartidos em relação à mesma.
Fiz de conta que concordei, esperei todos saírem na manhã seguinte, quebrei vários objetos, tomei banho de coca-cola, fechei todas as frestas que pudessem receber ar, liguei todas as bocas e o forno do fogão e fiquei ali respirando o gás. Para minha surpresa, ao invés de acordar no inferno, acordei dentro de uma ambulância com os paramédicos dizendo, enquanto me furavam o dedo: ela faz estas coisas para chamar a atenção do marido. Depois me deixaram em uma sala do Hospital 24 horas da Prefeitura, sentada em uma cadeira, com o pijama todo manchado de coca-cola, em meio a pacientes que tomavam soro, faziam inalação e esperavam alguma coisa. Com certeza não era ala psiquiátrica. Fiquei encolhida na cadeira embrulhada em um cobertor que achei por ali por muitas horas e ninguém veio falar comigo, me examinar ou fazer qualquer procedimento. Soube depois que só estava esperando uma ambulância para me transferir para um hospital psiquiátrico. Meu marido teimava em me levar ele mesmo, e eu cada vez mais irritada, cidadã sabedora dos meus direitos e querendo exigi-los a qualquer preço, só sairia dali com o carro que o povo pagou para eu usar. Ele então, já no desespero de tanto esperar, chamou sua irmã para tentar me convencer. CRISE!!! Gritei, corri para o banheiro, sentei no chão em um cantinho e aí sim, todos perceberam a minha presença, surgiram enfermeiras de todos os tipos para assistir a cena, chamaram um guarda municipal para me conter, e o coitado, me vendo naqueles trajes, fora da ala psiquiátrica deve ter pensado qualquer coisa, menos que eu era uma paciente em crise, pois me levantou de uma só vez, me deu uma chave de braço (só eu e os bandidos que aparecem no programa do Datena sabemos o quanto isso dói) e foi me arrastando na frente de inúmeras pessoas, e eu gritando de dor e de indignação total e absoluta: EU NÃO SOU BANDIDA, EU SOU PROFESSORA! O guardinha, surdo ao meu apelo, me enfiou dentro de um quarto e me empurrou brutalmente para uma cama, hora em que eu bati meu joelho que ficou roxo por dias, bem como meu pulso ficou com a marca do seu dedo. Estarrecida eu fui amarrada na cama de ferro pelos pés e pernas, método há muito tempo abolido pela medicina. Aplicaram-me uma injeção de placebo provavelmente, pois não fez efeito nenhum, ainda estou esperando as cópias dos prontuários para saber o que foi.

E ali fiquei chorando como uma criança, chamando minha mãe. Três horas me debatendo, tentando escapar das amarras, e a ambulância chegou. Foram trinta dias de internamento desta vez. Saí às vésperas do Natal. Separei-me após 26 anos de casamento e agora espero poder reescrever minha vida com tudo que aprendi neste ingrato ano de 2013.

segunda-feira, 17 de março de 2014

REALIDADE ATUAL

Hoje tomo 7 comprimidos diariamente e mesmo assim de vez em quando ainda tenho pensamentos suicidas.
Não tenho mais pesadelos pois durmo como uma rocha.
Não tenho disposição para quase nada.
Parece que estou em câmera lenta ao andar, falar, reagir por isso tenho medo de sair sozinha, tomo muito cuidado ao atravessar ruas, presto muita atenção ao fazer compras, transações bancárias ou qualquer atividade.
Esqueço facilmente de coisas simples, como por exemplo do meu endereço para fornecer ao taxista.
Tenho dificuldade em me organizar com horários e tarefas, por isso tenho a mesma agenda que sempre tive quando estava na ativa, só que não consigo cumprir os deveres na íntegra.
Agora estou divorciada, meu casamento de 26 anos foi destruído pela Síndrome de Burnout.
Faço terapia com um psicólogo uma vez por semana.
Faço trabalho voluntário com pacientes mentais uma vez por semana.
Não tenho nenhuma atividade de lazer. Quase nunca saio para passear. Só converso pelo telefone com minha mãe. Raramente recebo visitas.
Não tenho mais lembranças desagradáveis com alunos e escola. Sei que isto é passado.
Não tenho perspectivas para o futuro.
Meu dia a dia passo em frente ao computador, ou cuidando da minha fanpage, ou jogando ou lendo.
Não toco mais violão nem flauta.
Não leio mais meus livros.
Não faço mais trabalhos manuais.
Não me preocupo mais com minha saúde: fumo, tomo refrigerante, como chocolate, não faço nenhuma refeição decente.
Tenho ciência de que a mudança deve partir de mim.
Tenho ciência de que ninguém é culpado além do sistema.
Tenho ciência de que muitas outras pessoas passam pelo mesmo problema e conseguem se levantar.
Mas simplesmente não tenho vontade. Não presto mais como ser humano. Acho que ainda presto para escrever, por isso faço o "alarde" da Síndrome na internet.

domingo, 12 de janeiro de 2014

DESMISTIFICANDO INTERNAMENTO PSIQUIÁTRICO

Internamento em Hospital Psiquiátrico para a sociedade em geral pode parecer o fim do mundo, o fim da linha, o fim da dignidade.
Vou contar a verdade, mas vou falar só pelo Porto Seguro, pois já estive em outro lugar que era exatamente o oposto daqui.
Aqui contamos com profissionais altamente qualificados e estagiários excelentes, instalações perfeitas, remédios no horário certo, atividades super divertidas enquanto necessárias. Psiquiatra e psicólogo para um pequeno grupo. Muitas responsabilidades, disciplina, nada parecido com os hospitais, asilos, antros, manicômios que povoam as mentes humanas graças ao cinema.
Gostaria de destacar as atividades de musicoterapia com a Cintia e o descontraSom com o prof Cristiano. São os momentos que particularmente mais resolvem os meus problemas. São duas pessoas extremamente bonitas, serenas, transmitem muita vitalidade, paz; e são super pacientes e atenciosos. Competentes, profissionais humanos, lindos!!!
Que bom se as pessoas pudessem ver essa realidade por um dia pelo menos; para desmistificar um pouco esta questão!
Experimentei e recomendo!!!


Por Íria


quinta-feira, 31 de outubro de 2013

EU ME QUERO DE VOLTA!



Um colega/amigo me disse que meus depoimentos são alarmantes.

A palavra foi muito bem colocada, pois o que pretendo é que os colegas fiquem com o alarme ligado. E não é o alarme contra incêndio, ao contrário. Sabe aquele fogo que queima dentro de você, aquela paixão avassaladora pela educação? Se a chama que resta se apagar “burn out”, não acende NUNCA mais. E não é só para o trabalho que não acende. Não acende para mais nada. NADA MESMO! Dificilmente você vai sorrir novamente, não vai mais a festas, reuniões familiares, você vai ser um anti-social.
O massacre que está ocorrendo com a nossa classe não começou e não termina com os episódios do Rio de Janeiro, ele é diário. Dentro de cada sala de aula lotada. Dentro de cada escola abandonada pelo sistema. Em cada palavrão, em cada gesto obsceno, em cada soco e empurrão. Nas provas para corrigir onde “casa” se escreve com z tanto quanto a “gasolina” do ENEM. Está no livro de chamada, onde não pode haver rasuras; um livro a ser preenchido com centenas de informações e que não é digital, no ano de 2013. O massacre psicológico das “caras feias” dos superiores, dos desmandes, do ECA, que pelo menos tem o nome que merece. O massacre da poluição sonora e visual.
O massacre começa na novela, passa pela música e destrói mesmo é na mídia comprada, nos conchavos sabe Deus de quem com quem e para o quê.

Resta-nos a indignação e o desesperador número de professores adoecidos. Entre eles eu, que não consigo pensar em outra coisa: EU ME QUERO DE VOLTA!!

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Pesquisa sobre sofrimento mental docente

Pesquisa sobre sofrimento mental docente
começa nas próximas semanas
A Secretaria de Saúde e Previdência da APP-Sindicato,juntamente com o Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (NESC/UFPR), iniciará nas próximas semanas a coleta de dados para a pesquisa científica sobre o sofrimento mental docente.
Queremos provar cientificamente o nexo causal entre trabalho e adoecimento para propor medidas ao governo de promoção e prevenção à saúde de nossas(as) professoras(es), como também cobrar direitos que hoje são negados, como aposentadoria por invalidez no trabalho.
Convocamos todos os docentes da rede estadual de
ensino para responder a pesquisa a fim de traçarmos um
diagnóstico preciso do adoecimento nas escolas. Em breve,
todas as orientações estarão disponíveis em nosso site.
A Secretaria de Saúde da APP-Sindicato lançará ainda este mês uma Campanha de Saúde dos Educadores. Serão vários depoimentos em vídeo contando a trajetória da vida profissional no magistério, uma carreira que muitas vezes é interrompida pelo adoecimento destas(es) profissionais.


Adoecimento dos educadores atinge números alarmantes

Adoecimento dos educadores atinge números alarmantes

A Secretaria de Saúde e Previdência da APP-Sindicato obteve números de adoecimento do Quadro Próprio do Magistério (QPM), comprovando a veracidade dos levantamentos feitos pelo próprio sindicato, em diversas ocasiões.
O Relatório Estatístico de Doenças no período de 2012, elaborado pela Secretaria de Administração e Previdência (Seap), concluiu que a principal causa de patologia no magistério são os transtornos mentais e comportamentais, com 9.550 casos comprovados.
Dentre os principais problemas mentais e comportamentais relacionados ao trabalho, destacam-se o estresse ocupacional, a depressão, o transtorno do estresse pós traumático e a síndrome de desistência do educador (síndrome de burnout).
Em segundo lugar no ranking das doenças do magistério estão as do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo, com 5.043 casos comprovados, especialmente os distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho (DORT) e lesões por esforço repetitivo (LER).
Há aproximadamente 76 mil docentes (efetivos e temporários) nos quadros do Estado, sendo que destes 9.550 tiveram em 2012 problemas mentais e comportamentais, o que muitas vezes gera afastamento de função. A conclusão é alarmante: mais de 12% dos docentes apresentaram algum tipo de sofrimento mental no ano passado. No primeiro semestre de 2013, já se constataram mais de 4 mil casos de transtornos mentais e comportamentais, como também mais de 2.300 casos de doenças do sistema osteomuscular e
tecido conjuntivo.
Este quadro só comprova a necessidade de políticas públicas efetivas para a prevenção da saúde dos servidores da educação, seja pela ação preventiva, por uma política consistente de saúde do trabalhador, seja ainda por um sistema de atenção à saúde eficiente, que dê conta com rapidez dos
eventuais casos de adoecimento.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Meu Psicólogo Gilson D. Damasceno CRP 08/4053







 Praça Zacarias, 58 - 2º Andar - Conj. 204 - Fone: (41) 3232-1645 - CEP: 80020-927 - 
Curitiba / Paraná.

EU,
QUERO,
POSSO,

CONSIGO...


INSTRUÇÕES:

1.      DEPOIS DE IMPRIMIR COLAR na parede ou porta de guarda roupa EM LOCAL QUE POSSA VER SEMPRE.
2.      SEMPRE QUE OLHAR LEIA E QUANDO TERMINAR PENSE EM ALGUMA COISA.
3.      EXEMPLO:
a)      EU, QUERO, POSSO, CONSIGO... falar o que sinto
b)      Saiu voltou olhou, leia EU, QUERO, POSSO, CONSIGO...ter mais atitude em benefício da vida
E ASSIM POR DIANTE SEMPRE QUE LER PENSE EM ALGO DIFERENTE, MAS, NÃO QUER DIZER QUE NÃO POSSA PENSAR NA MESMA COISA 2 ou 3 VEZES.

4.      Imprimir e RELACIONAR como você é:

a)      Pontos fortes e pontos para melhor serem desenvolvidos
Pontos +
Pontos para melhor serem desenvolvidos
-
-




 Não parar aqui; vai em frente
 Não parar aqui; vai em frente

5.  Responder os pontos a serem melhorados nas seguintes perguntas:
1.     Como?
2.     Porque?
3.     Quando?
4.     Conseqüências?
5.     Pessoas envolvidas?
6.     Como resolver?

  
Psic. Gilson D. Damasceno
 CRP 08/4053
Diretor da Policlínica Curitiba

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Vincent Van Gogh


Esta aula eu preparei em 2008 e foi um sucesso.
A música é uma homenagem à Van Gogh, por Don Mac Lean falando da insanidade
Letra traduzida:
Vincent – Don Mac Lean
Noite estrelada
Pinte suas cores de azul e cinza
Olhe os dias de verão
Com olhos que conhecem a escuridão da minha alma
Sombras nas colinas
Desenhe as árvores e os narcisos
Sinta a brisa e os arrepios de inverno
Em cores na terra de neve
Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou os libertar
Eles não queriam ouvir, eles não sabiam como
Talvez eles te ouçam agora
Noite estrelada
Flores em fogo com chamas brilhantes
Nuvens que giram em uma roxa neblina
Refletem nos olhos azuis de Vincent
Cores mudando de tom
Campos matutinos de grãos âmbar
Rostos cansados com dor
São acalmados pelas mãos afetuosas do artista
Agora eu entendo
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou os libertar
Eles não queriam ouvir, eles não sabiam como
Talvez eles te ouçam agora
Porque eles não podiam te amar
Mas mesmo assim seu amor era verdadeiro
E quando não havia mais esperança
Naquela noite estrelada
Você tirou sua própria vida, como amantes geralmente fazem
Mas eu poderia ter te falado,
Vincent,
Esse mundo nunca foi desenvolvido para pessoas tão bonitas quanto você

Noite estrelada
Retratos pendurados em paredes vazias
Cabeças sem porta-retratos em paredes sem nomes
Com olhos que observam o mundo e não esquecem
Como os estranhos que você conheceu
Os homens acabados, com roupas rasgadas
O espinho prateado
de rosas sangrentas
Está esmagado e quebrado, na neve virgem
Agora eu acho que sei
O que você tentou me dizer
E como você sofreu por sua sanidade
E como você tentou os libertar
Eles não queriam ouvir
Ainda não estão ouvindo
Talvez nunca ouvirão


quarta-feira, 18 de setembro de 2013

http://vimeo.com/67103217   Link da opening scene
Não sou crítica de cinema, mas vou tomar a liberdade de dar as minhas impressões sobre o filme “BURNOUT” que assisti segunda no Espaço da Arte em Curitiba.
É um curta metragem que mostra de forma artística esta síndrome. Foi feito pelo Diretor de Cinema Lincoln Barela como TCC do seu curso no Centro Europeu.
Demonstra a problemática de forma sutil, muito inteligente, por isso mesmo acho que pouca gente que assistiu teve realmente a sensação do terror que a gente passa. Eu que estou acostumada com filme americano enlatado posso muito bem estar enganada. Ou por ser acometida da síndrome, esperava ver meu sofrimento todo exposto na tela.
Abordou uma perspectiva de violência contra os outros que me assustou um pouco, mas acho que a questão da violência já está dentro de cada um independentemente de qualquer doença que contraia e eu sou 100% da paz.

Parabéns ao Escritor, Diretor Lincoln Barela. E obrigada por fazer as pessoas verem que existem problemas que ninguém imagina.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

CARTA

                                                                                                                                                                               Para os meus colegas do Colégio 
                                                                                               Carta que escrevi, mas nunca enviei. Fazia                                                                                                                         um mês que estava doente.


                Nem um dia, nem mesmo um só dia dos 30 que estou em casa, tirando os fins de semana quando minha família está comigo, eu descansei ou aproveitei. Tive dor de cabeça, taquicardia, tremores, ansiedade e medo, em permanente estado de tensão. Chorei todos os dias. Não pensem que estou curtindo ou aproveitando a licença. Eu não acreditava que doenças psicológicas, que Burnout ou depressão um dia viessem a fazer parte da minha vida. Muitos de vocês perceberam antes de mim e me alertaram. Torço para que nenhum de vocês sinta nem 10% do que estou sentindo agora. Estou me consumindo em angústia, todos os dias um após o outro. Estou tomando três comprimidos por dia, sem ter tomado nunca nada em minha vida e não está adiantando.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Pesquisa sobre saúde mental dos educadores do Paraná

O estudo será feito em Curitiba e Região Metropolitana, com 18.500 professores e professoras

A Secretaria de Saúde e Previdência da APP-Sindicato realizou, no início de julho, o II Seminário Estadual de Saúde Mental dos Trabalhadores em Educação. Atividade deu continuidade ao Projeto da Pesquisa Científica de Saúde Mental dos Educadores do Paraná, realizado em parceria com o Núcleo de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (Nesc-UFPR). O objetivo é mapear as doenças mentais e comportamentais que acometem os professores da rede estadual, comprovando o nexo causal entre o adoecimento e condição de trabalho. O professor da UFPR e coordenador do projeto, Guilherme Souza Cavalcanti de Albuquerque, apresentou a metodologia e a dinâmica da pesquisa, que contemplará escolas estaduais de Curitiba e Região Metropolitana.
O estudo será feito apenas em Curitiba e Região Metropolitana, por comportar realidades que são síntese do que acontece em todo o Estado. Ela será feita por amostragem, num total de 29 municípios, 403 escolas e 18.500 professores. Serão entrevistados aproximadamente seis mil professores (entre estatutários e temporários), no próprio ambiente de trabalho, por uma equipe multidisciplinar e ao longo de três anos. O projeto tem a participação dos núcleos sindicais Curitiba Norte, Curitiba Sul, Metropolitano Norte e Metropolitano Sul. Segundo o secretário de Saúde e Previdência da APP, professor Idemar Vanderlei Beki, hoje, o nexo causal não é reconhecido pela perícia médica do Estado.
“Sendo assim, é imprescindível a comprovação científica da relação entre doença e trabalho, que tem por objetivo, ser um instrumento de reivindicação de uma política de prevenção e promoção da saúde dos professores, que resultará em melhoria das condições de trabalho. A aplicação da pesquisa terá início no mês de agosto. As escolas já foram definidas, e a escolha dos professores, será aleatória no desenvolvimento do projeto”, explicou.
Matéria publicada na edição 183 Jornal 30 de Agosto

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Quadro Clínico

Quadro Clínico da Síndrome de Burnout



1. Esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais
2. Despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado.
3. Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal estar geral.
4. Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima.
5. É freqüente irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e para com a própria família.
6. Manifestações físicas: Como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em Transtornos Psicossomáticos. Estes, normalmente se referem à fadiga crônica, freqüentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, etc.
7. Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento constante, atitude cínica, impaciência e irritabilidade, sentimento de onipotência, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família.

*Trigo TR, Teng CT, Hallak JEC, Síndrome de burnout ou estafa profissional e os transtornos psiquiátricos, Rev. Psiq Clinica, vol.34, no.5, 2007.

Ballone GJ -Síndrome de Burnout - in. PsiqWeb, Internet, disponível em www.psiqweb.med.br