sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Adoecimento dos educadores atinge números alarmantes

Adoecimento dos educadores atinge números alarmantes

A Secretaria de Saúde e Previdência da APP-Sindicato obteve números de adoecimento do Quadro Próprio do Magistério (QPM), comprovando a veracidade dos levantamentos feitos pelo próprio sindicato, em diversas ocasiões.
O Relatório Estatístico de Doenças no período de 2012, elaborado pela Secretaria de Administração e Previdência (Seap), concluiu que a principal causa de patologia no magistério são os transtornos mentais e comportamentais, com 9.550 casos comprovados.
Dentre os principais problemas mentais e comportamentais relacionados ao trabalho, destacam-se o estresse ocupacional, a depressão, o transtorno do estresse pós traumático e a síndrome de desistência do educador (síndrome de burnout).
Em segundo lugar no ranking das doenças do magistério estão as do sistema osteomuscular e tecido conjuntivo, com 5.043 casos comprovados, especialmente os distúrbios osteomusculares
relacionados ao trabalho (DORT) e lesões por esforço repetitivo (LER).
Há aproximadamente 76 mil docentes (efetivos e temporários) nos quadros do Estado, sendo que destes 9.550 tiveram em 2012 problemas mentais e comportamentais, o que muitas vezes gera afastamento de função. A conclusão é alarmante: mais de 12% dos docentes apresentaram algum tipo de sofrimento mental no ano passado. No primeiro semestre de 2013, já se constataram mais de 4 mil casos de transtornos mentais e comportamentais, como também mais de 2.300 casos de doenças do sistema osteomuscular e
tecido conjuntivo.
Este quadro só comprova a necessidade de políticas públicas efetivas para a prevenção da saúde dos servidores da educação, seja pela ação preventiva, por uma política consistente de saúde do trabalhador, seja ainda por um sistema de atenção à saúde eficiente, que dê conta com rapidez dos
eventuais casos de adoecimento.

4 comentários:

  1. É com profunda tristeza que vejo essa situação na educação brasileira. Sou professora e nesse momento me encontro afastada das minhas funções justamente por motivos de ordem mental. A sala de aula hoje é para mim, um lugar terrível, insalubre, triste. Estou neste momento me tratando para conseguir de fato, largar o magistério. ..
    Infelizmente, o sistema educacional brasileiro já não é mais atrativo para o aluno e para o professor. Eu quero qualidade de vida e se continuar no magistério vou acabar morrendo aos poucos. ..
    Esse descaso total de políticas públicas acaba por afastar o professor da sala de aula. ..

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  2. Se você continuar pode morrer aos poucos ou até bem rápido, de acordo com minhas pesquisas. Não sei se você já leu minhas outras postagens, mas além de muito triste, eu mostro no blog e na página do face, que é muito SÉRIO e PERIGOSO!!!

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    1. Iria! Obrigada pelo esclarecimento! Sinto uma tristeza imensa ao ler artigos relacionados à saúde mental dos nossos educadores! Até quando vamos ter que tolerar essa situação? Como é que os governantes não perceberam que estamos adoecendo? Lamentável. ..

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