Ler as postagens dos professores festejando que
chegaram as suas férias está doendo muito em mim. Eu nunca mais terei férias,
estou permanentemente em férias. À noite eu choro de saudades de mim mesma.
Tenho só 50 anos, ainda poderia produzir muito. Queria não chorar mais, não
sofrer mais, não fazer sofrer quem está perto de mim e quem gosta de mim.
Queria ser normal. Não queria nunca mais tomar remédio, nem ir ao psiquiatra,
nem fazer besteiras; não queria ter ímpetos de revolta. Não queria ter vontade
de quebrar coisas e de sair correndo e gritando pela rua. Queria ter minha
antiga vida de volta. Meu Deus como dói.
domingo, 29 de junho de 2014
quinta-feira, 12 de junho de 2014
DOENÇA X
CASAMENTO
No começo
deste ano de 2014, deparei-me com o inevitável fim do meu casamento. Foram
quatro anos de desgaste emocional e rupturas quase que diárias de paciência,
companheirismo, e tudo que é necessário para a boa convivência de um casal.
Fazendo uma breve pesquisa constatei que como tudo que já me aconteceu até
agora, isso também seria provável.
Aluguei um
apartamento e passei a viver sozinha, porém com muitas necessidades de ajuda e
acompanhamentos para tratamento.
Em abril tive
nova crise, desta vez motivada pela solidão. Passei uma semana trancada, sem me
alimentar, tomando os remédios fora de horário ou simplesmente não tomando. Com
o sono totalmente irregular, alimentando pensamentos negativos e planejando a
minha morte, para que desta vez desse certo depois de três tentativas
frustradas.
Não tenho a
lembrança muito nítida destes dias, mas me lembro perfeitamente da “hora H”, eu
totalmente drogada pela quantidade de remédios que tomei e uma voz me dizendo: pula,
pula, pula!
Eu não queria
pular da janela; minha intenção era deitar no sofá, com um saco plástico
enfiado na cabeça, para morrer dormindo por asfixia. Mas com a voz me atentando
sem parar, fui me dirigindo à porta da sacada. Neste momento me lembro de
sentir uma dor lancinante no rosto e total escuridão.
Acordei no
Pronto Socorro. Eu havia caído e quebrado o nariz, aspirado sangue e vômito o
que resultou em pneumonia. Depois de 11 dias neste hospital fui transferida
para a mesma Clínica Psiquiátrica de sempre, onde permaneci internada por 18
dias. Muito sofrimento físico e emocional até ter condições de voltar para casa
novamente.
Troquei de
psiquiatra e medicamentos. Estou obedecendo a agenda que me propus com
atividades prazerosas e necessárias. Voltei meu pensamento à fé há tanto
esquecida e hoje me encontro bem.
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